sábado, 26 de julho de 2008

Alguém sabe onde estão os crentes?


Inspirado no livro lindo que minha mãe, que é crente de crentes, está escrevendo, redigi essas linhas, pois, ao ler a sua vida desde a infância e ao ir me lembrando de todos os perrengues de sua existência, apenas me pergunto: Onde andam os outros espécimes dessa raça eleita?

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Onde estão os crentes? Sim! Onde anda essa gente outrora farta em número proporcional, mesmo que fizessem parte de uma esmagadora minoria?


Onde se esconderam os crentes? Sim! Aquela gente simples, que comia a Palavra e respirava pela oração?


Onde enterraram os crentes? Sim! Aqueles homens e mulheres que chamavam depressão de tristeza e a angústia de tribulação ou apenas de provação?


Onde mataram os crentes? Sim! Aquela gente que mesmo morta ainda falava, mas que agora mesmo existindo já está morta?


Ah! Como sinto falta dos crentes! Sim! Daquela gente que temia a Deus, que amava o próximo, que guardava o coração para não pecar nem na emoção raivosa e que se deleitava na alegria sua ou dos irmãos!


Sim! Morro de saudades até da ignorância santa dos crentes!

Ignorantes de muitas coisas, mas crentes nas virtudes do amor e da fé; e que carregavam a Palavra na mente todos os dias; e que, quando erravam, era por não saberem melhor!


Sinto saudades dos crentes que criam na Bíblia e se deleitavam no estudo da Palavra.


Sinto saudades da reverência dos crentes para com todos.


Ah! Quanta saudade do tempo em que os crentes eram simples e humildes, e tinham apenas Deus como consolo e fortaleza.


Meu coração anseia por encontrar pobres satisfeitos, rejeitados não amargurados, abandonados que não ficam se sentindo sozinhos, expulsos que sabem que não perdem nada, escorraçados que aceitam o maltrato como privilégio.

A iniqüidade vai aumentando e o amor vai esfriando!

Desse modo os crentes vão minguando e deles se vê apenas a sombra tímida e reclusa.


Onde estão os crentes? Sim! Aqueles mesmos que não esmoreciam ante nada, que brincavam de roda à volta das tumbas e chamavam até mesmo o morrer apenas de promoção?


Ah! Meninos e meninas tolos! Filhos da incredulidade! Enteados da descrença! Escravos da insensatez!

Será que vocês não vêem, não ouvem, ou terá o seu coração perdido as carnes do sentir?


Crente tinha essência. Sim! Tinha caráter e fibra! Crente era forte, era firme, era homem ou mulher de verdade!


Crente perseverava, e nada o abatia para sempre!

Crentes? Hoje? Não! São palitos de algodão doce! São pirulitos chupados pelo capricho do diabo. São mercenários que tentam contratar Deus para qualquer serviço sujo, que antes os crentes até diziam que “era coisa do diabo”.


Crentes? Comunhão? Não! Hoje a comunhão virou suruba de perversa fraternidade!


Crentes? Solidariedade? Ah! Não! O que há é apenas “swing” de interesses sórdidos!


Crentes? Não! Nem mesmo são mais querentes. Agora, quando são ainda bons, são apenas carentes!


Os eleitos estão sendo enganados!

Não lêem a Palavra. Não conferem mais coisas espirituais com coisas espirituais. Não buscam mais a verdade, mas apenas as riquezas deste mundo!

Sim! Perderam o prazer em Deus! O amor de Cristo neles feneceu!


Devagar os verdadeiros crentes estão sendo levados, arrebatados pelo tempo e pela morte; e no lugar ficamos nós, essa gente nojenta de tanto nada e pegajosa de tanto sebo de engano!


Até os melhores entre nós ainda são fracos e não suportam nada. Escandalizam-se com tudo e arranjam pretextos para se matar de depressão por qualquer coisa:


“Meu marido não me quer…”

“Sou gay e quero morrer…”

“Minha mãe não me amou…”

“Perdi a esperança na igreja…”

“Fui abusada pelo meu irmão…”

“Cresci sem amor…”

“Por que não dei cabo da vida ainda quando estava no ventre materno?…”


Ah! Quanta desculpa para não andar, para não crer, para não se apossar do verdadeiro amor!


Sim! Meu Deus! Onde estão os crentes? Onde anda aquele povo alegre, embora não dançante; feliz, embora não gargalhante; sério, embora sempre andando em gozo?


Sim! Onde andam aqueles que fazem o mundo indigno perante o seu caminhar de estrangeiros e peregrinos sobre a terra?


O que vejo é um vale de ossos secos!


Ora, diante do que vejo apenas creio que o Senhor sabe, e que por Sua Palavra esse vale de morte ainda pode encontrar o espírito da vida!


Nele, que sabe onde estão os crentes,


Caio Fábio

segunda-feira, 21 de julho de 2008

"Preito aos meus amigos", de Fabrício Carpinejar


O amigo é aquele que tem todos os motivos para desistir de você e não desiste. Você fez por merecer a separação. Exagerou. Afastou o abraço, gritou que ele não o compreende. Mas o amigo entende até na incompreensão. Aguarda entender.


Eu preciso de um amigo que não me renuncie quando já desisti. Que me lembre de não desistir. Que seja insistente como o esquecimento dos velhos. Que desperte o meu humor no desespero, que se desespere com a ausência de notícias.

Um amigo que não numere as páginas do livro. Toda página pode ser a mesma. Um amigo que sopre meu rosto perto de sua boca, como uma gaita de mão. Um amigo capaz de esconder seu amor para proteger a amizade e de me aconselhar a seguir o que ele tinha vontade.

Um amigo que desconheça minha infância para repeti-la, que conheça minhas dores para não tocá-las, que assobie minha alegria para alardeá-la. Que não me torture com os meus defeitos. Que me perdoe por não ser como ele. Aliás, que me agradeça por não ser igual a ele.

Um amigo que não use meus segredos para ganhar outros amigos. Um amigo que abra o vidro do carro para apanhar o resto do céu. Que cante alto no volante no momento em que ansiava pelo silêncio e me obrigue a dispensar a timidez para desafinar junto. Na estrada, o vento também canta de olhos fechados.

Um amigo com cheiro de cortina. Isso: cheiro de cortina, com a experiência de enrolar várias e várias vezes o corpo na cortina. E que tenha recebido beijos dos pais com o tecido arregalado no rosto. Quem se escondeu na cortina deu giros dentro de si e de seus problemas e aprendeu a regressar.

O amigo do primeiro desejo, não do último. O amigo que não me espera no recreio, o amigo que me espera no final da aula. O amigo que é a haste do mar, que não fica de pé no barco, para não desequilibrá-lo.
Não quero um amigo que fuja na primeira ofensa, que se isole ofendido num canto, amarrado no orgulho, condicionado às palavras. Um amigo que não fale por mim, que fale através de mim. Não quero um amigo que me ofenda porque não atendi suas expectativas.

Amigo não tem expectativa, tem esperança. O amigo vai procurá-lo não sendo necessário. Vai aumentá-lo enquanto está diminuído e vai diminuí-lo para preveni-lo da ambição.

O amigo é do contra, ao seu lado. O amigo dirá as verdades por respeito, não se eximirá de opinar, tudo com zelo e contenção. Não abandonará a corda da pandorga ainda que ela sirva de fio telefônico para chuva.
Tive amigos que se fecharam, desapareceram, que me trocaram por uma fofoca, que chegaram à porta e recuaram ao portão. Esses amigos não foram amigos, se é amigo só depois da amizade. Depois de sofrer com a amizade. O amigo é como um irmão, que se briga feio, se discute aos pontapés e palavrões e volta a se falar. Volta a se falar porque é irmão.

O amigo sempre volta. Pensando bem, não volta, nunca saiu do lugar. Ele é a rua que atravesso para chegar em casa.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

A Babilônia caiu...


Esses dias um amigo meu recebeu uma noticia em seu e-mail, “A Babilônia caiu”, diz ele que ficou interessado pelo assunto do e-mail e abriu para ler, para sua admiração o e-mail que ele recebeu, falava sobre a queda de audiência de uma a Rede de televisão, que alguns de uma determinada “instituição” intitulavam essa Rede de TV, de Babilônia...E isso me deixou também intrigado.


E deixa-me explicar de uma forma bem simples, a antiga Babilônia na bíblia, segundo Daniel capitulo 5 é um governo que misturou a adoração do Deus verdadeiro com a adoração de deidades pagãs e esta Babilônia caiu em 12 de outubro de 538 A.C.


Mas o grande problema é a Babilônia de hoje, que adora a Deus, mas mistura a verdade com o erro, paganismo com cristianismo. Apocalipse 17. E todos sem exceção, que fazem parte dessa Babilônia, vão viver o dia do seu fim, em que ela vai cair diante do Senhor dos senhores e Rei dos reis e vencerão os que estão com Ele, chamados de eleitos e fieis.


Agora para quem não sabe a história passada dessa “instituição”, fica a impressão de que essa tal Rede de TV, é totalmente voltada à perseguição, para ser somente a oposição dessa “instituição”, quando de fato não é, mas sim por divulgar algumas verdades, que eles “os lideres dessa instituição”, não gostam de ouvir.


Não estou aqui em defesa dessa Rede de TV, até porque santos eles também não são, e também não sou fã de sua programação, agora daí essa instituição chamar os seus fiéis e evangélicos, para um tipo de luta, de santa inquisição, de espada por não sei quem, para confrontar e ver o fim dessa Rede de TV, só porque eles acham que os perseguem, é o fim da picada.


Como se fosse a tal Rede de TV, que tivesse inventado o que está no Ministério Público, desvio de mais de R$1.000.000,00 de reais dos cofres públicos, dinheiro aliás que deveria ser gasto com a alfabetização dos leigos, como que se fosse a tal Rede de TV, que tivesse inventado o calote astronômico financeiro que a tal “instituição” fez, como que se fosse a tal Rede de TV, que tivesse inventado a condenação de seus lideres, por entrar no EUA, com dólares não declarados no meio de malas e bíblias, e por ai vai.


Nossa isso me dá nojo, me revolta, ver a manipulação desses tais lideres, sobre o povo, fazendo os acreditar, que a culpa é da tal Rede de TV e não deles, “pobres coitados”, “sofrendo injustamente” por algo que eles não sabiam e não fizeram, pra falar a verdade esses lideres, me faz lembrar alguns políticos corruptos que conheço e que estão na ativa em Brasília, e ai os políticos ficam filhotes perto desses gigantes da desonestidade.


Isso sim, é que podemos considerar BABILÔNIA...


Mas enfim a tal da Babilônia antiga, já caiu faz tempo, e a Babilônia moderna, há dos nossos dias, essa você tem que ter cuidado para não entrar ou estar nela, antes ouvi a palavra do Senhor...”sai dela, povo meu...


Apocalipse 18

1-E depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória.

2-E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu à grande babilônia, e se tornou morada de demônios, e covil de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave imunda e odiável.

3-Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.

4-E ouvi outra voz do céu, que dizia: SAI DELA, POVO MEU, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.


Por isso hoje denuncio, para que o Evangelho não se desfigure em um outro “evangelho”.


Sei que não sou voz solitária, contra tudo isso que se anuncia, mas se mesmo assim o fosse, continuaria a denunciar.


QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA...E QUEM TEM OLHOS, LEIA...


Sempre no caminho...