segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

MINHA MENSAGEM DE ANO NOVO

Amigos é tão bom ver e viver os últimos dias do ano velho,

Porque me leva a respirar no meu anseio, o ano novo que se aproxima.

Por todo esse ano que se passou, vivi momentos bons e ruins,

Vi amigos se achegando, mas também vi amigos indo embora,

Conquistei algumas coisas, mas também perdi outras.

Enfim vivi momentos...

 

Mas diante de tudo o que vivi, tenho certeza que me libertei,

Me libertei de toda a prisão humana,

Me libertei de toda a prisão religiosa,

Me libertei de minha própria prisão.

 

Hoje já não preciso de uma “palavra”,

Para que eu possa viver o próximo ano que se aproxima,

Hoje já não preciso de um ano profético,

Para viver o tal milagre na minha vida.

 

Entendo que toda a palavra já foi liberada,

Toda benção já foi conquistada,

Todo milagre que eu preciso e precisarei,

Já existe na minha vida.

 

Esse é o ano aceitável do Senhor...

Assim como foram os meus quarenta anos anteriores,

Assim como será os meus próximos oitenta anos,

Porque creio que os viverei.

Ano aceitável para vivermos os melhores dias,

Ano aceitável para vivermos a liberdade,

Ano aceitável para vivermos tudo o que Cristo conquistou na cruz.

 

Ano aceitável, não só para dois mil e nove,

Mas para a eternidade...

Enfim FELIZ ETERNIDADE...FELIZ 2009...

Olavo


sábado, 13 de dezembro de 2008

MINHA MENSAGEM DE NATAL

Há muito tempo atrás um poeta decidiu escrever sua obra. Poetas são seres mágicos, suas palavras têm o poder de criar mundos. Basta que digam e as coisas acontecem, surgem do nada, ex nihilo, desejos que se transformam em coisas. 

Esse poeta criou mundos assim, pela sua palavra. Bastava dizer e as coisas vinham à existência. Era característica dele o gosto pela criação, e sempre ao final de cada criação ele via que tudo aquilo era bom... e seguia adiante... criando coisas, até que decidiu encerrar a sua criação. Era hora de escrever a sua obra prima, sua grande ária da magnífica ópera que começava a existir.

Havia um cuidado especial para a criação de seu mais grandioso poema, não bastariam as palavras ao vento, Ele as queria escrever com as próprias mãos, seria diferente, ao invés de simples palavras, barro... e então a obra foi feita, imagem e semelhança dEle. O grande poeta então, ao ver sua obra ali, como ele queria, soprou sobre ela... e a poesia ganhou vida, ganhou palavras novas, ganhou o sopro do criador... inspiração... expiração... vento...

Mais tarde, ao contemplar sua magnífica obra percebeu um ar de tristeza na sua poesia, faltava-lhe algo, faltava-lhe rima, algo que o completasse inteiramente... havia um vazio em meio a algumas linhas e o poeta fez com que sua poesia dormisse, e sonhasse... nos sonhos os mundos também se criam...

Ao acordar de seu sono o poema se viu completo, as palavras agora se encaixavam perfeitamente, e havia sentimentos novos... desejo... amor... coisas que só um poeta entende, e sua poesia também. E assim conviviam bem, poeta e poesia, autor e obra, e da criação passou-se à nomeação das coisas, palavras novas, imaginação, imagem em ação, nomes, palavras, seres... vidas...

Até que um dia um cientista resolveu aparecer para complicar a história. Cientistas detestam poetas e odeiam poesias. Afinal, cientistas são conhecedores do bem e do mal... então o cientista resolveu oferecer ao poema a “grande chance” de deixar de ser poesia e tornar-se uma grande tese acadêmica, afinal a poesia é para os sonhadores, loucos, boêmios, amantes, mas as teses científicas é que dominam o “mercado” e nos dão garantia de sermos deuses, conhecedores de todo o bem e todo o mal. 

A poesia cedeu sua beleza e encanto à praticidade do texto científico... houve um borrão no poema original, que perdeu sua essência... tornou-se um texto chato, cansativo, longo demais... textos desses que ninguém consegue entender, dizem até que num determinado momento tal era a confusão que a tese se dividiu em línguas diferentes, nem ela mesmo se entendia... babel... confusão...

Algo deveria ser feito para se reconquistar a poesia original... mas... o que ? Um poema como o original, algo tão belo que, ao morrer poesia (e toda poesia traz em si um pouco de morte) apagasse as manchas do primeiro poema e restaurasse a beleza que havia escondida sob os borrões das teses cientificas, sob o conhecimento do bem e do mal.

Os filósofos, amigos dos poetas, chamavam o criador de poemas de Verbo, verbo é a alma do poema, poemas sem verbos são chatos. Imagine um poema sem amar, sentir, chorar, sonhar, ver, ouvir, tocar, cheirar, sofrer... 

Pois o verbo... se fez carne... o poeta se fez poesia, e mais...se fez criança. Crianças e poesias tem muito em comum... não se levam a sério demais. Brincam com a vida, brindam a vida. Como diria o poeta Rubem Alves: “O natal é um poema. Nele Deus se revela como criança (...) Prefiro o Deus criança. No colo de um Deus criança, eu posso dormir tranqüilo.” 

Isto é natal!! Poesia, amor, canção... tudo embalado e regido por uma criança... deixai vir a mim os pequeninos porque dos tais é o reino da poesia. Deus é o poeta... nós somos o poema... Jesus é o poeta-poema feito criança... natal!!

Já quis muito ser teólogo... hoje não quero mais.... quero ser poeta. Um teólogo vê uma criança e trata de elaborar uma tese, talvez sobre a soteriologia infantil, pedobatismo, idade da razão, etc. O poeta vê uma criança e brinca, faz poesia, e a criança brinca com ele, vira poema! Viva a poesia! Que o natal seja o renascimento de poetas e poemas, de canções de amor, de sonhos, de jardins repletos de felicidade...

Que o poeta seja reverenciado, que o poema-criança seja amado, e que o poeta que se fez poesia seja lembrado como o criador dos versos mais maravilhosos que ele já fez, mudando de vez a história... mudando a nossa história...

Feliz Natal!!! 

José Barbosa Junior