Somos levados a acreditar que os evangélicos, por si mesmos, pelo simples fato de serem evangélicos, irão mudar a situação do nosso país através de atuações políticas. Tolo pensamento...
Deus não está limitado em Seu poder a ponto de necessitar de pessoas evangélicas para coordenar as ações no mundo. Deus é totalmente livre e soberano. Se assim não fosse, Ele não seria Deus. Se Deus precisasse de alguma coisa ou de alguém para agir em algum lugar, Ele seria um Deus dependente, fraco, limitado, incapaz, joguete nas mãos das pessoas, marionete dos homens egoístas e escravo dos instáveis desejos humanos.
Mas, aleluia! Deus não depende de quem quer que seja para fazer valer a Sua própria vontade.
Ele não é uma marionete manipulada pelos desejos egoístas das pessoas. Ele é totalmente livre e soberano. Por isso, para executar a própria vontade no mundo, Deus pôde usar Moisés, um homem totalmente temente a Ele, como também Ele pôde usar Nabucodonosor, a quem Ele mesmo chama de meu servo (Jeremias 25.9; 27.6). Deus, portanto, faz o que quer e usa a quem deseja, quer sejam crentes ou incrédulos.
Temos um problema no mundo de hoje. Muitas pessoas foram influenciadas pela falsa idéia de que vivemos em um mundo mágico: o mundo da "varinha de condão". Assim, pensam que se fulano for eleito, pelo simples fato dele ostentar aquele tal título, então, inevitavelmente, as coisas irão mudar. Unicamente, por se apresentar como evangélico, imaginam alguns, tal pessoa é capaz de mudar o mundo, como que em um "passe de mágica".
Infelizmente, por causa dessa "mentalidade do mundo mágico", ninguém se preocupa em verificar se fulano é honesto, se tem caráter, se é capaz, se é trabalhador, se conhece os problemas da população, se tem projetos para a comunidade, se tem bons relacionamentos ou se tem habilidade política. Muitos se contentam em verificar se fulano apresenta o título de crente.
Não! Eu não falo contra os crentes! Eu também sou crente, e creio que há evangélicos que receberam de Deus o dom e a capacitação para atuarem na política. Contudo, nessa época de eleições, eu me inquieto e fico indignado quando alguns tentam pressionar os crentes, dizendo que, porque são crentes, devem votar em crentes.
Pr. Gustavo Bessa